Defesa Civil de Volta Redonda realiza fiscalização de marquises antes do período de chuvas
- Lucas Brandão

- 22 de out.
- 3 min de leitura
Primeira ação foi realizada nas avenidas Amaral Peixoto e Getúlio Vargas, com nove proprietários notificados; outras localidades serão vistoriadas nesta quinta-feira (23)

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Volta Redonda (Compdec) realizou, nesta quarta-feira (22), mais uma fiscalização de marquises nos imóveis do município. A ação, desta vez, aconteceu no Centro, tendo como foco principal as avenidas Amaral Peixoto e Getúlio Vargas, em que foram verificadas as estruturas, a fim de identificar algum tipo de instabilidade ou cenário de risco, como infiltrações, risco de curto-circuito, queda de emboço, ferragem exposta e até mesmo um potencial risco de queda da marquise – a exemplo do que aconteceu no último domingo (19), na própria Getúlio Vargas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Volta Redonda, Rubens Siqueira, esse tipo de ação é reforçada antes do início do período de chuvas. Após a verificação na extensão das duas vias, foram feitas nove notificações para que os proprietários dos imóveis realizem, em caráter de urgência, as manutenções preventivas, com vistas a garantir a total estabilidade e segurança dessas estruturas, bem como preservar a integridade dos pedestres que passam sob essas marquises.
“As fiscalizações vão continuar nesta quinta-feira (23). Os locais mais visados são os grandes centros e bairros movimentados, como Retiro, Aterrado, Vila Santa Cecília, Rua 207 e Ponte Alta. Ou seja, são pontos estratégicos, em que temos uma área bem populosa, com grande circulação de pessoas, e que precisam estar em total segurança”, adiantou.
Antecipar e prevenir
Rubens Siqueira destaca que a antecipação e a prevenção são fundamentais para evitar situações que possam colocar a população em perigo. Ele explica que manutenções anuais costumam ser suficientes para identificar eventuais problemas, que podem ser sanados antes que tomem dimensões maiores e preocupantes.
“Você tem os sistemas estruturais e de captação e escoamento das águas pluviais. É muito importante verificar se o sistema de drenagem e as tubulações estão obstruídas; se há vegetação ou plantas sobre a estrutura que possam impedir o escoamento; verificar os pontos de infiltração próximos a áreas energizadas, para eliminar o risco de curto-circuito; observar eventuais trincas e fissuras por onde a água possa se infiltrar e atingir algum ponto de ancoragem da estrutura da marquise. E é preciso estar atento às estruturas com fechamento em material acrílico, que podem mascarar a estabilidade ou não dessa estrutura”, orienta.
O coordenador acrescenta que é importante que esse trabalho seja feito por um profissional habilitado, como engenheiro ou arquiteto, a fim de identificar possíveis irregularidades. “No caso do fechamento com acrílico, é necessário remover parte dessa estrutura e verificar se há algum ponto de instabilidade, tomando as providências cabíveis. Se o proprietário encarar o problema no início, essas ações de antecipação e prevenção vão oferecer mais segurança quando chegar o período de chuvas, em especial.”
Rubens Siqueira acredita, inclusive, que esse tipo de atitude é uma forma de o proprietário do imóvel demonstrar empatia pelas pessoas que passam pelo local – e que, em muitos casos, abrigam pontos de ônibus, onde podem se concentrar dezenas de pessoas.
“Você tem que se colocar no lugar dos outros. A pessoa não é apenas a proprietária, mas também usuária daquele espaço. Ao entender o papel do Poder Público na orientação, no monitoramento e na fiscalização, e ao seguir essas orientações, você preserva o seu patrimônio e, principalmente, o maior bem que nós temos: a vida.”
Como agir em caso de irregularidades
Além do trabalho realizado pela Defesa Civil, Rubens Siqueira reforça que a participação da população é fundamental. “Temos diversos bairros com pontos comerciais que apresentam alguma irregularidade. Em certas situações observadas, o cidadão pode avisar ao proprietário sobre os riscos ou verificar se há algum agravo. Também é possível ligar diretamente para o número 199, que é o canal direto da Defesa Civil, disponível 24 horas por dia, para que nós possamos – evidentemente preservando o anonimato do denunciante – encaminhar uma equipe ao local e, se necessário, notificar o proprietário em relação às irregularidades e às medidas corretivas que deverão ser tomadas”, disse.
Ele explica, ainda, que a Defesa Civil encaminha a notificação à Divisão de Fiscalização do IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano) para que proceda com a ação fiscal.
“Essa ação fiscal prevê um prazo na intimação para que o proprietário inicie a recuperação da estrutura da marquise, que será de até sete dias para começar as manutenções preventivas. O não cumprimento do prazo pode resultar na aplicação de multas, e o agravamento do cenário pode levar até à interdição da fachada.”
_edited_edited.jpg)



Comentários