Após operação com mais de 130 mortos, ministros viajam ao Rio para reunião com Cláudio Castro
- Lucas Brandão

- 29 de out.
- 2 min de leitura
Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também fará parte da comitiva

Os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública; Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania; e Anielle Franco, da Igualdade Racial, seguem para o Rio de Janeiro às 15h desta quarta-feira (29) para uma reunião com o governador do estado, Cláudio Castro. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também fará parte da comitiva. A informação foi confirmada pelo próprio Lewandowski após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado pela manhã.
A reunião com o presidente, no Palácio da Alvorada, tratou da Operação Contenção, ocorrida nessa terça-feira (28), no Rio de Janeiro. O encontro durou cerca de três horas e contou com a participação de outros integrantes do primeiro escalão. Lewandowski afirmou que oferecerá peritos criminais e médicos legistas da Polícia Federal e da Força Nacional para ajudar na identificação dos corpos.
A Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense, deixou mais de 130 mortos. A contagem de corpos — muitos ainda sendo retirados de áreas de mata pelos próprios moradores das comunidades — ainda não foi concluída.
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, o governador do Rio de Janeiro classificou a operação como “um sucesso” e lamentou apenas as mortes de quatro policiais na ação.
De acordo com o ministro da Justiça, Castro não solicitou a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no âmbito da operação. Caso essa solicitação seja feita, a decisão caberá ao presidente da República.
Operação mais letal da história
As forças de segurança do estado realizaram a operação mais letal da história para combater o Comando Vermelho. Em retaliação, criminosos interditaram 35 ruas em diversos pontos da cidade, com veículos atravessados, latões de lixo, barricadas e pilhas de materiais em chamas. Para especialistas, a operação gerou grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado — pelo contrário, ações como essa tendem a fortalecer a violência.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, atendeu ainda na terça-feira o pedido do governador para a transferência de 10 detentos para presídios federais. Eles teriam liderado, de dentro da cadeia, ações que contribuíram para o caos na cidade.
Fonte: Agência Brasil
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