Advogado é morto a facadas por cliente dentro de escritório em Piraí
- Lucas Brandão

- 28 de out.
- 3 min de leitura
Homem teria se revoltado após discussão sobre depósito de valor de causa judicial e foi morto por policial militar

Um homem de 58 anos atacou o próprio advogado, de 61, dentro do escritório onde ele trabalhava, no Centro de Piraí, na manhã desta sexta-feira (28). Após uma discussão, o cliente matou o advogado a facadas, em seguida feriu gravemente a secretária do local e só parou quando foi baleado por um policial militar do Programa Segurança Presente.
O crime aconteceu após o cliente procurar o advogado para resolver um impasse relacionado ao pagamento de uma causa ganha na Justiça. Segundo o delegado Antonio Furtado, titular da 94ª Delegacia de Polícia de Piraí, o cliente não aceitava que o dinheiro fosse depositado em sua conta pessoal.
"Pelo que já apuramos, o advogado havia vencido uma ação para o cliente, mas o valor deveria ser depositado em uma conta corrente. O cliente não queria que o depósito fosse feito em sua conta pessoal por dever valores para a ex-esposa e considerar que o dinheiro pudesse ser bloqueado pela Justiça. Esse desentendimento foi o pivô da tragédia", explicou o delegado Antonio Furtado.
De acordo com a investigação, o cliente entrou no escritório e pediu para conversar em particular com o advogado. Minutos depois, a secretária, de 43 anos, ouviu gritos e barulhos de luta. Ao abrir a porta, flagrou o cliente desferindo golpes de faca no advogado. Ao tentar intervir, também foi atacada pelo agressor.
"O advogado ainda conseguiu sair da sala, mas já perdendo muito sangue. A secretária tentou defendê-lo e acabou ferida também com pelo menos dez facadas. O policial militar que estava próximo ouviu os gritos, entrou na sala e deu voz de prisão ao agressor. No entanto, o homem estava completamente transtornado e continuou o ataque, obrigando o policial a atirar para impedir a continuidade das agressões", detalhou o delegado Antonio Furtado.
O cliente foi baleado e morreu na hora. O advogado chegou a receber os primeiros atendimentos, mas não resistiu aos golpes e faleceu uma hora depois. A secretária foi encaminhada ao Hospital Flávio Leal e, segundo informações da equipe médica, passou por cirurgia e está em recuperação.
"Foi uma tragédia motivada por uma discussão banal e que teve um desfecho extremamente violento. O policial do Programa Segurança Presente agiu com coragem e rapidez para salvar a vida da secretária, que só sobreviveu por causa dessa intervenção. Agora estamos ouvindo testemunhas e reunindo provas para esclarecer todos os detalhes do caso", concluiu o delegado Antonio Furtado.
O autor do crime já possuía antecedentes criminais. Em 2012, ele teria colocado fogo na própria casa quando a esposa anunciou que estava se divorciando e, antes disso, teria praticado uma lesão corporal contra a mulher.
"Abrimos o inquérito como homicídio proveniente de auto de resistência, para apurar a ação do policial e os crimes cometidos pelo esfaqueador. Este homem já tinha um histórico de violência e desequilíbrio emocional, o que torna o caso ainda mais lamentável. Infelizmente, esse comportamento culminou em uma tragédia que poderia ter feito mais vítimas. Isso só não aconteceu porque a rápida ação dos policiais do Programa Segurança Presente impediu que o agressor continuasse o ataque", concluiu o delegado Antonio Furtado.
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